Que saudades do Natal cristão que não vem, que vai desaparecendo,
Ano após ano...
Que saudade de um mundo que acreditava,
Que era capaz de rejubilar-se, esperançoso, otimista, feliz
- mesmo com todos os problemas –
Porque sabia com certeza certa da existência de um Deus de amor e bondade
- Deus santo de Abraão, Isaac e Jacó –
Que na plenitude dos tempos,
De modo admirável, surpreendente, terno, meigo, poético,
De Maria Virgem enviou o seu Filho amado a este mundo ferido e cansado.
Que saudade do presépio, do Menino envolto em faixas,
Do olhar terno da Virgem Mãe,
dos joelhos dobrados do casto e humilde José,
Da admiração dos pastores,
dos anjos envoltos em luz...
Que saudade do boi e do burrico que reconheceram o seu dono,
o seu senhor...
Que saudades de um mundo, de uma sociedade que sonhava e esperava porque acreditava!
Que natal frio, vazio, morto e escuro, esse vivido pela sociedade ocidental.
Natal mentiroso,
Sem Jesus,
Sem Deus,
Sem a ternura do Emanuel!
Natal de nada,
De Papai Noel,
De consumo,
De compras e superficialidades...
Natal de hipocrisia,
De alegria vazia,
Alegria por nada,
Alegria de nada,
Alegria mundana,
Tristeza maquiada, lipoaspirada, fugaz,
Artificial!
Natal pecaminoso,
De negação de Deus,
De esquecimento do Mistério,
De incapacidade de acolher o Senhor
E a ele adorar e a ele obedecer!
Antinatal!
Natal dos anticristos!
Que tristeza, as nossas cidades iluminadas por nada,
Preparando-se para nada,
Esperando uma noite de nada...
Como pôde o nosso Ocidente outrora cristão chegar a este ponto
De vazio,
De leviandade,
De desumanidade?
Senhor Jesus,
Santo Emanuel,
Deus nascido da Virgem,
Vem, por piedade!
Vem mais uma vez encher o coração da humanidade!
Faze que os cristãos se tornem novamente cristãos!
Dá à tua Igreja – que começaste a desposar com a tua Encarnação –
A graça de redescobrir a simples e pura alegria do santo Natal
Na surpresa do Evangelho anunciado,
Na esperança das profecias proclamadas,
No abismo do Mistério explicado pelo Apóstolo,
No cântico dos hinos tão doces, tão ricos, tão ternos, tão suaves...
Dá-nos o Natal da tua Eucaristia – carne tua plasmada de Maria Virgem,
Remédio bendito contra todas as mortes deste mundo!
Olha tua Igreja, olha o teu rebanho,
Que neste mundo asfixiante deve proclamar
Com a boca, com o coração, com a vida, com a celebração,
Com a certeza, com a esperança,
A realidade do teu bendito Natal!
Como outrora tornaste fecundo o seio virginal de Maria,
Torna fecundos a nossa fé e o nosso testemunho;
Como não decepcionaste a esperança de Israel,
Fortalece ainda agora a nossa esperança em ti;
Como foste o consolo e o encanto de José,
Tira-nos das dúvidas e incertezas, do marasmo da existência
E dá-nos a alegria simples de crer e esperar em ti;
Como foste a surpresa dos pastores,
Enche nossa vida com a doce certeza de que vieste como nosso Salvador;
Como apareceste pura luz para os Magos,
Sê a Estrela da manhã que nos conduz!
Senhor Menino, Senhor Messias, Doce e querido Emanuel!
Meu Menino, tesouro do nosso coração, consolo dos meus dias,
Dá a todo aquele que se prepara para celebrar santamente o teu Natal
A graça da tua salvação e a consolação da tua presença bendita!
Vem, querido Jesus!
Bem-vindo, santo Jesus!
Inflama ainda agora o nosso coração
Para que neste 2010 ainda haja nos corações cristãos
verdadeiros natais!
Blog: Visão Cristã
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