quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Na Fé da Igreja seremos salvos!


Credo de Santo Atanásio
Este credo, apesar do nome, foi divulgado por Santo Ambrósio, foi incluído na liturgia, é autêntica profissão de fé e é totalmente reconhecido pela Igreja Católica.

1. Quem quiser salvar-se deve antes de tudo 
professar a fé católica.


2. Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente, perecerá sem dúvida por toda 
a eternidade.

3. A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus.

4. Sem confundir as Pessoas nem separar a substância.

5. Porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, 
outra a do Espírito Santo.

6. Mas uma só é a divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, igual a glória, coeterna a majestade.

7. Tal como é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo.

8. O Pai é incriado, o Filho é incriado, 
o Espírito Santo é incriado.

9. O Pai é imenso, o Filho é imenso, 
o Espírito Santo é imenso.

10. O Pai é eterno, o Filho é eterno, 
o Espírito Santo é eterno.

11. E contudo não são três eternos, mas um só eterno.

12. Assim como não são três incriados, 
nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso.

13. Da mesma maneira, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é 
onipotente.

14. E contudo não são três onipotentes, 
mas um só onipotente.

15. Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, 
o Espírito Santo é Deus.

16. E contudo não são três deuses, mas um só Deus.

17. Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, 
o Espírito Santo é Senhor.

18. E contudo não são três senhores, mas um só Senhor.

19. Porque, assim como a verdade cristã nos manda confessar que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor, do mesmo modo a religião católica nos proíbe dizer que são três deuses ou senhores.

20. O Pai não foi feito, nem gerado, 
nem criado por ninguém.

21. O Filho procede do Pai; não foi feito, 
nem criado, mas gerado.

22. O Espírito Santo não foi feito, nem criado, 
nem gerado, mas procede do Pai e do Filho.

23. Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só 
Espírito Santo, e não três Espíritos Santos.

24. E nesta Trindade não há nem mais antigo nem menos antigo, nem maior nem menor, mas as três Pessoas são coeternas e iguais entre si.

25. De sorte que, como se disse acima, em tudo 
se deve adorar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade.

26. Quem, pois, quiser salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade.

27. Mas, para alcançar a salvação, é necessário ainda 
crer firmemente na Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo.

28. A pureza da nossa fé consiste, pois, em crer ainda e confessar que Nosso Senhor Jesus Cristo, 
Filho de Deus, é Deus e homem.

29. É Deus, gerado na substância do Pai desde toda a eternidade; é homem porque nasceu, no tempo, da substância da sua Mãe.

30. Deus perfeito e homem perfeito, com alma 
racional e carne humana.

31. Igual ao Pai segundo a divindade; menor que o Pai segundo a humanidade. 

32. E embora seja Deus e homem, contudo não são dois, mas um só Cristo.

33. É um, não porque a divindade se tenha convertido em humanidade, mas porque Deus assumiu a humanidade.

34. Um, finalmente, não por confusão de substâncias, mas pela unidade da Pessoa.

35. Porque, assim como a alma racional e o corpo formam um só homem, assim também a divindade e a humanidade formam um só Cristo.

36. Ele sofreu a morte por nossa salvação, desceu aos infernos e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos.

37. Subiu aos Ceus e está sentado a direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

38. E quando vier, todos os homens ressuscitarão com os seus corpos, para prestar conta dos seus atos.

39. E os que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna, e os maus para o fogo eterno.

40. Esta é a fé católica, e quem não a professar fiel e firmemente não se poderá salvar".
VIVA A SANTA MÃE IGREJA


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Reforma na reforma litúrgica




Caro Visitante, olhe só esta entrevista com Dom Malcolm Ranjith, novo Secretário da Congregação do Culto Divino sobre a necessidade de arrumar a bagunça litúrgica da Igreja atual. Este Bispo foi escolhido a dedo pelo Santo Padre Bento XVI. Quanto a entrevista, foi dada ao jornal francês, La Croix, de 25 de junho deste ano. Não tenham dúvidas! Teremos sérias reformas na liturgia da Igreja!



A impressão é que para Bento XVI a liturgia é uma prioridade.
Exatamente. Quando se examina a história de liturgia através dos séculos, vê-se o quanto é importante para cada homem a necessidade de escutar Deus e de comunicar-se com o Além. A Igreja sempre foi consciente que a sua vida litúrgica deve ser orientada para Deus e deve comportar uma atmosfera profundamente mística. Ora, há alguns anos existe uma tendência de esquecer essa realidade, para substituí-la por um espírito de liberdade total, que deixa todo espaço à invenção, sem base nem aprofundamento.

Foi por isso que a liturgia tornou-se objeto de polêmica, de discussões dentro da Igreja, sendo até mesmo causa de graves divisões?
Penso que este seja um fenômeno propriamente ocidental. A secularização no Ocidente trouxe consigo uma grande divisão entre aqueles que se refugiam no misticismo, esquecendo a vida, e aqueles que banalizam a liturgia, privando-a da sua função de mediadora em relação ao Além. Na Ásia – por exemplo, no Sri Lanka, o meu país – todos, seja qual for sua religião, têm consciência da necessidade do homem de ser conduzido para o Além. E isso deve traduzir-se na sua vida concreta. Penso que não se deve abaixar o sentido do divino ao nível do homem, mas, pelo contrário, procurar elevar o homem para o nível sobrenatural, ali onde podemos nos aproximar do mistério divino. Ora, a tentação de nos tornar protagonistas desse mistério divino, de procurar controlá-lo é forte em uma sociedade que idolatra o homem, como faz a sociedade ocidental. A oração é dom: a liturgia não é feita pelo homem, mas por Deus que a faz nascer nele. Ela implica uma atitude de adoração para com o Deus criador.

Há a sensação que a reforma conciliar foi levada longe demais?
Não se trata de ser ante-conciliar ou pós-conciliar, conservador ou progressista! Creio que a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II nunca decolou. Além do mais, essa reforma não foi iniciada com o Vaticano II: na realidade, ela é precedente ao Concílio; nasceu com o movimento litúrgico, no início do século XX. Se alguém se detiver ao decreto “Sacrosanctum Concilium”, do Vaticano II, ali se tratava de fazer da liturgia o caminho de acesso à fé, e as mudanças sobre o tema deveriam surgir de modo orgânico, levando em conta a tradição, e não de modo precipitado. Houve inúmeros desencaminhamentos, que fizeram perder de vista o sentido autêntico da liturgia. Pode-se dizer que  a orientação da oração litúrgica na reforma pós-conciliar não foi sempre o reflexo dos textos do Vaticano II. E neste sentido, pode-se falar de uma correção necessária, de uma reforma na reforma. É necessário retornar à liturgia no espírito do Concílio.

Concretamente, através de quais passos?
Hoje, os problemas da liturgia giram em torno da língua, latina ou moderna e da posição do padre, voltado para os fiéis ou voltado para Deus. Isso pode surpreender: em nenhuma passagem, no decreto conciliar, se estabelece que o padre deve voltar-se para os fiéis, nem que é proibido utilizar o latim! Se o uso da língua corrente é consentido, de modo particular para a liturgia da Palavra, o decreto precisa também que o uso da língua latina deve ser conservado no rito latino. Sobre tais matérias estamos esperando que o papa nos dê as suas indicações.

Será necessário dizer a todos aqueles que seguiram, com grande sentimento de obediência, as reformas pós-conciliares, que eles se enganaram?
Não. Não é necessário fazer disso um problema teológico. Observo quanto os padre jovens gostam de celebrar segundo o rito tridentino. É preciso deixar claro que este rito, aquele do missal de São Pio V, não é fora da lei. É necessário encorajá-lo mais? É o papa quem decidirá. Mas, é certo que uma nova geração está à espera de uma maior orientação para o mistério. Não é uma questão de forma, mas de substância. Para falar de liturgia não é necessário somente um espírito científico ou histórico-teológico, mas, sobretudo, uma atitude de meditação, de oração e de silêncio. Uma vez mais: não se trata de ser progressista ou conservador, mas simplesmente de permitir ao homem que reze, escute a voz do Senhor. O que acontece na celebração da glória do Senhor não é uma realidade puramente humana. Se alguém esquece esse aspecto místico, tudo se obscurece e torna-se confuso. Se a liturgia perde sua dimensão mística e celeste, quem, então, ajudará o homem a libertar-se do egoísmo e da própria escravidão? A liturgia deve ser antes de tudo um caminho de libertação, abrindo o homem à dimensão do infinito.



Fonte: Blog Dom Henrique Soares

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

GUARDE SEUS ARQUIVOS (MUSICAS,FOTOS,DOCUMENTOS)
NA NUVEM E ACESSE DE ONDE ESTIVER!!!


Ano da Fé


Com a Carta Apostólica PORTA FIDEI – A porta da fé – de 11 de outubro de 2011, o Papa Bento XVI proclamou o ANO DA FÉ, que se estenderá de 10 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013. Ocasião próxima do ANO DA FÉ é a celebração dos 50 anos do início do Concílio Ecumênico do Vaticano II, anunciado e iniciado pelo Papa João XXIII.
O Concílio, intuição de João XXIII, foi muito além daquilo a que inicialmente se propôs: confirmar a fé católica e as verdades professadas na Igreja. Foi muito além porque significou, na verdade, uma profunda renovação da vida da Igreja, um novo Pentecostes: de uma Igreja piramidal, hierárquica, passou-se a uma Igreja comunhão; de um catolicismo vivenciado em muitas devoções, anunciou-se uma vida cristã fundamentada na Palavra de Deus e na Liturgia; de uma Igreja fechada em si mesma e em seus problemas, assumiu-se a Igreja como Povo de Deus, voltada para si e inserida na vida do mundo: tudo o que alegra e faz sofrer o mundo, alegra e faz sofrer a Igreja.
Evidente que tão grande transformação pastoral encontrou dificuldades na realidade concreta da vida eclesial. Uns queriam avançar para além do Concílio, outros queriam retroceder para O antes. Foi o Papa Paulo VI o timoneiro firme e sofrido que conduziu o Concílio a partir de sua segunda sessão e sua aplicação concreta.
As crises foram inevitáveis numa tão gigantesca transição, e parecia, para muitos, que tudo era relativo. Nesse contexto, o mesmo Paulo VI anunciou um ANO DA FÉ encerrado em 29 de junho de 1968 com a Profissão de Fé que recebeu o nome de Credo de Paulo VI mas que, na realidade, é o Credo do Povo de Deus.
No transcorrer do Jubileu áureo do início do Vaticano II, o ANO DA FÉ quer ser para os cristãos uma ocasião para meditarem a aprofundarem o conteúdo da Fé cristã e católica e, ao mesmo tempo, possibilitar uma leitura aprofundada das Constituições, Decretos e Declarações promulgados por Paulo VI e os Padres conciliares.
É nesse contexto que o blog ANO DA FÉ oferece a seus leitores a reflexão clara e acessível dos documentos conciliares, fruto generoso dos professores e teólogos ligados ao Instituto Teológico de Santa Catarina-ITESC, de Florianópolis.
Uma porta aberta para a imensa e ainda muito inexplorada riqueza oferecida pelo Episcopado católico participante do Concílio.
Para facilitar o acesso aos textos e artigos, o blog foi assim construído:

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A água que sacia a sede humana


                  “ Se alguém tem sede, venha a Mim e beba! Conforme diz a Escritura: Do Seu seio jorrarão rios de água viva” (Jo 7,37s).Ainda hoje, em pleno início de terceiro milênio, era da globalização comercial, tecnológica e comunicativa, ainda quando tantos gritam a autossuficiência de uma razão presumidamente autônoma, emancipada de Deus, a humanidade encontra-se sedenta, tão carente e solitária, como sempre foi.
            Talvez hoje esteja menos disposta a reconhecer isso, com menos coragem e maturidade para enfrentar sua verdadeira sede, sua fundamental carência. E, no entanto, eis a multidão humana, seja de Nova Iorque, Los Angeles, Paris, Londres ou São Paulo, sedenta de um sentido, sedenta do Sentido, que somente Deus pode dar.
                   É visível que hoje, mais até que nos anos sessenta e setenta do século passado, há uma renovada sede de espiritualidade e transcendência. Muitos exultam por isso. Mas, é necessário precaução, porque a consciência dessa sede não é madura, não é correta nem bem orientada. Fala-se abundantemente em espiritualidade, dando-se a essa palavra o sentido de uma busca qualquer e de qualquer modo de uma experiência religiosa que alivie, console e dê uma sensação de segurança e bem-estar.
                  É a reação à sociedade ocidental racionalista e presa ao materialismo. No entanto, essa busca de espiritualidade perceptível em nossos dias tende a ser interesseira, individualista e relativista. Uma experiência religiosa assim não tem nada a ver com a experiência cristã, que é abertura para o Deus que se revelou em Jesus Cristo, cheio de amor, ternura e exigência.
           Para o cristianismo, a espiritualidade é o caminho pelo qual alguém sai do seu fechamento, do seu isolamento egoístico e abre-se para Jesus, que nos interpela, converte, liberta e transfigura, dando-nos seus sentimentos e atitudes de total abertura ao Pai e aos irmãos. E isto tudo na comunidade de fé e seguimento chamada Igreja, querida, fundada e sustentada por ele, sempre presente. A espiritualidade genuinamente cristã liberta-se de nós e de nossa solidão, abrindo-nos em Cristo para Deus e para os outros.
Ainda que com suas ambiguidades, a sede de transcendência e o retorno à moda da palavra espiritualidade são, em si, positivas. Pode ser o pressuposto, o ponto de partida de um diálogo, pode ser a manifestação da espera de um encontro, de um anúncio de Jesus Cristo, de Quem brota uma fonte de água viva que jorra para a vida eterna.
            Estarão os cristãos à altura dessa missão de re-anunciar Jesus ao Ocidente pós-cristão e neopagão? Estará a vida religiosa atual capacitada a testemunhar a novidade nunca superada, que é Jesus? A resposta será positiva somente com uma condição: que se anuncie e proponha Jesus Cristo integralmente, na amplitude do Seu Mistério de verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Salvador único e universal. É necessária a coragem de anunciar sem receios nem compromissos relativistas que Nele, e só Nele, encontram-se a Vida e a Ressurreição, somente Nele, a esperança de Libertação e Plenitude para a humanidade e o mundo.
                  Alguém argumentará: o mundo pós-moderno é o espaço da coexistência, do diálogo, da tolerância, do respeito pelo diferente. Anunciar um Jesus assim, não seria ir contra a corrente? Não!
                    Anunciar Jesus assim é acreditar Naquele que dizemos crer. O grande pecado dos cristãos atuais é o medo de dizer claramente no que acreditamos, é o falso respeito humano, que nos impede de ser e viver e falar como quem tem somente em Cristo a vida e a esperança. O grande pecado de muitos cristãos doutos do nosso tempo é querer um cristianismo politicamente correto, que esconde a verdade sobre Cristo e a Igreja, que tem medo de proclamar que somente em Cristo há salvação e que a Igreja de Cristo é a Igreja católica, nossa Mãe!
                O verdadeiro diálogo e o respeito fecundo pelos outros não se manifestam na covardia de proclamar com clareza, mas sim no amor com que se proclama.
Amor – eis o nome cristão do diálogo e da tolerância! Como João Paulo II, como Madre Teresa de Calcutá, como Bento XVI, queremos proclamar o mistério de Cristo integralmente, como a Igreja sempre o creu, celebrou e anunciou.
                  A novidade para hoje é que tal proclamação deve ser paciente, respeitosa de quem não pensa como nós e não deseja tornar-se um de nós. “Não crês no Cristo em Quem creio? Não amas Aquele a Quem tanto amo? Não aceitas a Mãe Igreja? Que pena! Mas, te respeito de todo coração! Continuas meu amigo, continuas digno do meu afeto e meu amor! Respeitemo-nos, juntos busquemos o bem, ainda que por caminhos tão diversos!”
            Amor, testemunho, coerência de vida, respeito pelos outros, mas sem arredar um passo daquilo que é a Verdade de Cristo, Verdade da Vida. Atrairemos muitos ou poucos? Não importa. Importa que quem nos encontre, encontre verdadeiramente Aquele que sacia verdade a sede do coração humano.

 


Fonte: Blog de Dom Henrique Soares

Idas e Vindas - Estamos de Volta!!!!

Depois de um longo período em que estivemos ausentes, Nós vos anunciamos uma grande alegria, ESTAMOS DE VOLTA, com a Graça de Deus !!!!